FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sábado, 10 de março de 2012

Petrópolis: Cidade Imperial completa 169 anos no dia 16 de março


Em clima de festa: março é o mês do aniversário de Petrópolis


Cidade Imperial completa 169 anos no dia 16 de março e personalidades fazem a sua declaração de amor ao município

Publicado:


O artista plástico Luiz Aquila declara sua paixão pela cidade, que para ele lembra férias e infância
Foto: Hudson Pontes
O artista plástico Luiz Aquila declara sua paixão pela cidade, que para ele lembra férias e infância Hudson Pontes
Petrópolis completa 169 anos no próximo dia 16, mas mantém um frescor juvenil. E fãs não faltam para reverenciar a Cidade Imperial, que, cheia de História, serve, inclusive, de inspiração para muitos. Luiz Aquila, que vive no município há 24 anos, é um dos entusiastas da região, que, para ele, lembra férias e infância e que, com sua luminosidade, serve como musa. A paixão é tanta que, a partir do próximo dia 24, ele faz uma retrospectiva de seu trabalho na loja Olhar o Brasil, em Itaipava, com a exposição “O olhar de Luiz Aquila”, mostrando obras inéditas, produzidas em diferentes momentos da vida.
Já para o estilista e artista plástico Cocco Barçante, a lembrança da infância é razão recorrente para a ligação afetiva com o município serrano. O carioca, petropolitano por adoção, resgata da memória histórias da infância na cidade, para onde se mudou há 15 anos.
— Aqui, para mim, tem cheiro de infância — afirma o artista, que tem como um dos projetos transformar sua residência num centro cultural no início do ano que vem.
Aquila e Barçante não são os únicos que se declaram a Petrópolis. Confira a paixão de outros petropolitanos de origem ou de coração.
“Minha relação com Petrópolis não é apenas profissional, mas também afetiva. Passei a minha juventude vindo para cá e tenho ótimas lembranças. A cidade e os nossos clientes nos receberam com muito carinho” Paulo Reis, sócio da Olhar o Brasil
“Sou carioca, mas sempre vinha para cá quando criança e decidi me mudar há 15 anos. Aqui, para mim, tem cheiro de infância. Quando entro na cidade e avisto o Quitandinha já me sinto em casa” Cocco Barçante, estilista e artista plástico
“Me sinto em uma casa de árvore vivendo aqui. O clima, a luz, tudo é bastante inspirador. O meu trabalho é abstrato, mas eu não sou. Sou afetado pelo ambiente onde vivo e morar aqui é uma dádiva” Luiz Aquila, artista plástico
“Quando chego à cidade, já sinto um clima diferente. O ar é mais gostoso e a região, cheia de atrativos. O lugar com o qual mais me identifico é a Avenida Koeler, mas há muitos outros locais bacanas. Tanto que lançaremos uma linha com inspiração em vários pontos turísticos da cidade” Chicô Gouvêa, arquiteto e sócio da loja Olhar o Brasil
“Minha avó tinha sítio em Itaipava e, na infância, quando chegavam as férias, a minha maior alegria era ir pra lá. Tenho até hoje muito carinho por essa região” Lauro Wöllner, empresário
“Frequento Petrópolis desde criança. Por isso, a cidade sempre esteve associada a momentos muito bons. Eu e minha mulher não só moramos e usufruimos as belezas e maravilhas da Serra. Também sentimos a necessidade de devolver o que a Serra nos dá. Petropolitano não é só aquele que nasce, mas aquele que escolhe amar essa cidade e defender o seu patrimônio” Carlos Eduardo da Cunha, presidente do Gapa, Grupo de Assistência e Proteção aos Animais e ao Meio Ambiente de Itaipava
“Petrópolis é uma cidade onde se encontra a felicidade em algumas esquinas” Dom Francisco de Orleans e Bragança, empresário
“Petrópolis é um renascimento. A qualidade de vida é altíssima. Temos restaurantes excelentes e uma estrada no nível das europeias. A cidade é uma metrópole com um clima de Provence” Evandro Jr., artista plástico
“A minha relação com Petrópolis é de amor. Tenho 87 anos e moro há 38 na cidade. Credito a minha saúde em dia ao clima serrano” Lan, cartunista
“Petrópolis é o meu local de referência, e a responsabilidade de estar à frente do principal ponto turístico da cidade é imensa” Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial


sexta-feira, 9 de março de 2012

VISCONDE DE OURO PRETO, AFONSO CELSO DE ASSIS FIGUEIREDO (Ouro Preto, 1837-1912) - PATRONO DO DMB 1890





O VISCONDE DE OURO PRETO, AFONSO CELSO DE ASSIS FIGUEIREDO (Ouro Preto, 1837-1912) iniciou a vida com grandes dificuldades, labutando no magistério particular e no jornalismo para estudar e se formar em Direito na Faculdade de São Paulo. Exerceu diversos cargos administrativos, e sucessivamente foi eleito deputado provincial, geral e senador pela sua província natal, patenteando-se orador impetuoso e valente argumentador.
Aos vinte e nove anos de idade era ministro da Marinha, no Gabinete de 3 de agosto de 1866, presidido pelo conselheiro Zacarias de Góis e Vasconcelos; e nessa pasta prestou relevantíssimos serviços organizando a Marinha que com o Exército cooperava na Campanha do Paraguai. Foi ministro mais duas vezes, uma no Gabinete Sinimbu (1879), dirigindo o Ministério da Fazenda, e ainda nesta mesma pasta, em 1889, quando assumiu a presidência do Conselho de Ministros, a 7 de junho.
Deposto pelo movimento de 1889, foi banido e partiu para a Europa, revelando em todos os transes que então curtiu, a mais impertérrita compostura.
Não é aqui lugar para serem enumerados todos os trabalhos financeiros, políticos e jurídicos do visconde de Ouro Preto, mas entre eles citaremos: — A Esquerda e a Oposição Parlamentar, em 1868; Assessor Moderno, em 1871; Algumas Idéias sobre Instrução, em 1882; Statu Liberi, em 1885; Reformas das Faculdades de Direito, em 1887; Marcas de Fábrica, em 1883; Aos Mineiros, em 1887; Finanças de Regeneração, em 1887; Reforma da Administração no Brasil, obra escrita no exílio logo após a revolução. Excursão à Itália, interessante livro de impressões de viagem, em 1891; Marinha de Outrora, longo e documentado trabalho histórico, 1894; e Crédito Móvel, em 1899.
Neste mesmo ano entrou a ser publicada a Década Republicana, apreciação da política e da administração da República em seu primeiro decênio; e nessa publicação escreveu Ouro Preto duas extensas e ótimas monografias sobre a Marinha e sobre as Finanças.
Havendo colaborado em diversas folhas políticas, e notadamente na Reforma, Ouro Preto fundou a Tribuna Liberal, que se publicou de 1888 a 1889 e a Liberdade, que se estampou de 1896 a 1897, sendo então atacada e destruída pelos adversários.
Faleceu o visconde de Ouro Preto no dia em que exatamente completava 75 anos de idade, a 21 de fevereiro de 1912.

A Batalha do Riachuelo

Alvorecera brilhante o dia 11 de junho de 1865, domingo (67) da Santíssima Trindade.
Duas léguas abaixo da cidade de Comentes, na extensa curva que faz o rio Paraná, entre a ponta daquele nome e Santa Catalina, ao sul, viam-se em linha de combate, mas com os ferros no fundo e fogos abafados, nove canhoneiras a vapor, em cujos penóis (68) tremulava a bandeira brasileira.
Eram a segunda e terceira divisões da esquadra, que, depois de juntar às glórias de Tonelero as de Paissandú e Corrientes, bloqueavam sob as ordens do capitão-de-mar-e-guerra Barroso da Silva o litoral ocupado pelo inimigo.
Testa de coluna a Belmonte, do comando de Abreu, e fechando a retaguarda a Araguari, de Hoonholtz, no centro arvorava a insígnia do chefe o Amazonas, comandado por Brito. Ocupavam os intervalos a Mearim, comandante Elisiário Barbosa, a Beberibe, comandante Bonifácio, a Ipiranga, comandante Álvaro, e a Jequitinhonha, comandante Pinto, içando a flâmula do chefe Gomensoro, a Parnaíba, comandante Gracindo, e por último a Iguatemi, comandante Coimbra.
O céu irradiava cores esplêndidas e as águas do rio, correndo rapidamente em uma largura de trezentas braças, por entre as ilhas de Palomera e bancos adjacentes, faziam luzir nos estreitos e tortuosos canais palhetas de ouro e prata, que iam quebrar-se (69) em franjas de alva espuma, duas léguas além, na ponta de Santa Catalina.
Na margem esquerda, coberta de basto e corpulento arvoredo, projetavam-se (70) ainda algumas sombras, em formoso contraste com a da direita, onde a natureza virgem do chaco ostentava todos os esplendores de sua selvagem beleza à luz do astro nascente.
Se o olhar experimentado do nauta pudesse, aos primeiros albores da manhã, descortinar por entre as árvores gigantescas e emaranhadas silvas da margem correntina, o que ali se passava, não reinaria tanta calma nos descuidosos vasos, e pronto soaria em todos eles o toque de alarma, porque um grande perigo os ameaçava!
É que ao longo do litoral, na parte baixa da curva em que vem desaguar o Riachuelo, desdobrava-se extensa fila de abarracamentos, erguidos no silêncio e escuridão da noite.
Dois mil infantes inimigos, cosendo-se com a terra, e tendo ao lado as mortíferas armas, espreitavam o combinado ensejo para atirarem certeiros tiros sobre uma presa que reputavam segura, por estar desprevenida.
Mais longe, no extremo da ponta, sobre as desigualdades do terreno e mascarados pela mata, colocara o coronel Bruguez formidáveis baterias de foguetes à Congreve e 22 canhões, cujas pontanas firmava sobre todos os estreitos passos que deveriam descer e subir, cruzar e transpor as canhoneiras brasileiras, a fim de destruí-las com seus fogos.
Tudo fora planejado pela sagaz perfídia do guarani, que não confia só da superioridade numérica das forças o êxito dos combates senão principalmente dos embustes imprevistos e lances de surpresa.
A sorte dos navios brasileiros, porém, estava bem protegida pela santidade da causa que defendiam, e indomável coragem de seus impertérritos (71) tripulantes.
Concluída a faina da baldeação, parte das guarnições vogara para a terra em busca de lenha com que suprir a escassez do carvão, e o resto descansava, à exceção das vigias que estavam alertas nos cestos de gávea e dos homens necessários à guarda da tolda.
Os sinos de bordo soaram 9 horas da manhã.
Repentinamente, por sobre a ponta de Comentes, a enfrentar com a ilha de Mera, levantou-se ligeira nuvem de fumo, e, após essa, outra e mais outra, e quase ao mesmo tempo ou viu-se cair do tope de vante este grito: — Navio à proa! e logo este outro: — Esquadra inimiga à vista! Içou de pronto o Mearim o corespondente sinal.
Rufam os tambores e trilam os apitos em todos os navios das divisões; o Amazonas desfralda aos ventos o terrífico si-nal: — Preparar para o combate!
Um estremecimento elétrico corre pelas veias dos valentes oficiais, marinheiros e soldados; todos acodem pressurosos e contentes aos seus postos, porque é finalmente chegado o momento de dar um dia de glória à Pátria querida, e de infligir (72) o primeiro castigo pelas atrocidades cometidas em Mato Grosso contra populações inermes, (73) delicadas mulheres e inocentes crianças.

Já os fogos estão dispersos, já as amarras são largadas sobre as bóias, as peças e rodízios acham-se em bateria, abrem-se os paióis, as balas e as metralhas empilham-se no convés, as gáveas guarnecem-se de atiradores, e os contingentes do exército enfileiram-se nas bordas. Pairando sobre as pás e de morrões acesos, só esperam o sinal de — fogo!
Metade das guarnições e os melhores práticos acham-se em terra…
Não importa! Recolher-se-ão aos primeiros estrondos do combate, e o entusiasmo duplicará as forças dos que ficaram.
O inimigo desce com grande velocidade; ajuda-o a correnteza do rio; dentro de quinze minutos enfrentar-se-á com as divisões. . . Ei-lo!
Junto à ilha de Mera avistam-se oito vapores rebocando seis chatas rasas a nivelarem-se com as águas, oferecendo como único alvo a extremidade de grosso canhão de 68 a 80. Fíame jam-lhe nos topes as três cores da República; trazem os bojos pejados de gente e larga faixa encarnada divisa-se-lhes por sobre as bordas. São os homens destinados à abordagem, que revestem, como em dia de festa, seu rubro uniforme de gala.
(67) Domingo é o dia do Senhor (dies âominicus ou dies dominica); perdido o substantivo, assumiu o adjetivo a função daquele: o domingo, e, na linguagem litúrgica, a dominga. Entre os cristãos substituiu o sábado (sabbath) dos Judeus, como dia consagrado ao descanso e dado a Deus. (68) Penóis = extremidades das vergas na mastreação dos navios; pl. de penol. (69) — que iam quebrar-se ou que se iam quebrar: evite-se: que iam-se quebrar, bem como que iam se quebrar. (70) Do part. pass. jactus (de jacio, /acere) formador do freqüentativo jactare, produziram-se no vernáculo, com a raiz jact (jec, jeic, jet, jeit) os seguintes termos: jacto, jactação, jactância, jactar-se; abjeção, dejeção, ejeção, injeção, objeção, projeção; interjeição, rejeição, sujeição; abjeto, adjetivo, conjetura, conjeturar, dejeto, injetar, interjetivo, objetar, objetivo, projeto, projetar, projetivo, projétil, subjetivo, subjetivar, trajeto, trajetória; jeito, ajeitar, enjeitar, enjeitado, rejeitar, sujeito, sujeitar, trejeito, trejeitar etc., todos com o — ;’ — originário e a idéia fundamental de lançar, fixada na raiz. (71) — Impertérrito = sem medo, que não se aterra, que não teme. Vocáb. constituído da raiz terr, do verbo terrere = ter medo, apavorar ou causar temor, aterrorizar-se, e do prefixo intensivo per, antecedido do negativoin. (72) Infligir, do lat. injligere, lançar, atirar, aplicar com violência: infligir um castigo. Infringir, do lat. infringere (comp. de in -\- frangere) quebrar, chocar-se fortemente contra: infringir a lei. (73) Inerme — sem almas. Houve aí o fenômeno da apofonía: alteração da voz pura da raiz pela antepo-sição de outro elemento (in + arma). Casos semelhantes: inerte (in + arte); diserto (dis + arte); difícil (dis + fácil); condenar (com + danar); insípido (in + sápido); indenizar (in + dano + izar); conculcar (com + calcar); contubernio (cum -\- taberna); adulterar (ad -f- alter -f- ar); acento (ad -f- canto); adjetivo (ad -j- jact -f ivo); anelo (am + halo); irrito (in + ratu); manietar (mani + alar); inimigo (in -f- amigo); exibir (ex + habere); insulso (in + salso); insultar (in saltare; interstício (inter + statio); superfície (super + facie); benefício (bene -t- facio); ancípite (am -{-capite); precipitar (prae + capit -)- ar); peregrinar (per -j- agrum + ar); inepto (in -f- apto); ocidente incidir (in + cadere); transigir (trans + agere): descender (de + scanâére); inibir (in + habere) etc. Essas alterações efetuaram-se no próprio latim. (74) Entestar, de testa: como arrostar, (Se rosto, enfrentar, de frente, defrontar, de fronte, encarar, de cara, todos sinônimos. (75) — Acossados — perseguidos; verbo acossar, derivado de cosso, forma divergente de curso, do verbo cursar (lat. cursare, freq. de currere, correr). Cognatos acorrer, concorrer, decorrer, discorrer, escorrer, incorrer, intercorrer, recorrer, socorrer, transcorrer; curso, concurso, decurso, discurso, incurso, incursão, excursão, recurso, transcurso, socorro, corso, corsel, etc, todos adstritos à idéia de correr. (76) — somenos (so(b+menos) = inferior, menor.
Formam estes um batalhão inteiro, o 6.° de infantaria da marinha, o mais aguerrido do exército paraguaio, e cujas façanhas em Mato Grosso corriam de boca em boca nas ruas de Assunção.
Possantes e hercúleos, foram designados na véspera em Humaitá, pelo próprio ditador, que os armou de machados e sabres. Dirigira-lhes uma alocução ao embarcarem, recomendando que não matassem todos os prisioneiros, como prometiam, levando-lhe vivos alguns.
Rompia a marcha o Paraguai, comandado pelo capitão Alonso, seguindo-lhe as águas o Igurei, comandante Cabral, o Iporá comandante Ortiz, o Salto, comandante Alcaraz, o Pira-bebé, comandante Pereira e o Jejut, comandante Aniceto Lopez.
Também ali vinha, sob o comando de Robles (não se confunda este oficial-de-marinha com o general do mesmo nome, que invadiu Corrientes) o Marquês de Olinda, armado em guerra, depois de apresado pelo Taquari, navio capitanea, que fechava a linha. Nele arvorava sua insígnia de comando o velho chefe Meza, tendo como capitão de bandeira o capitão-de–fragata Martinez.
A esquadra paraguaia largou de Humaitá à meia-noite, e, segundo as instruções do ditador, antes de amanhecer devia passar ao largo dos brasileiros, aproar depois águas acima, prolongar-se cada navio com um dos vasos inimigos, descarregar–lhe toda a artilharia e saltar à abordagem. Os atiradores e a bateria de terra deviam protegê-los e apoiá-los nas peripécias do combate, se nesse primeiro arremesso não conseguissem apresar os navios brasileiros. Em marcha, porém, desarranjou-se a máquina do Iberê, que também fazia parte da expedição, dando causa as tentativas feitas para reparar esse sinistro que já dia claro entestassem (74) os paraguaios com os navios de Barroso.

Logo trocaram entre si as devidas continências; ao cruza-rem-se despejaram-se reciprocamente nutridas bandas de artilharia, chovendo de parte a parte balas e metralhas; era uma chuva de respeito! (As palavras grifadas são da parte oficial tle Barroso).
Apenas dobraram a ilha Palomera, os navios paraguaios aproaram contra a corrente, como se pretendessem executar o plano de abordagem; mas, parando em meio caminho, caíram à ré e de novo seguiram águas abaixo, acossados (75) pelo vigoroso fogo dos rodízios de popa de seus adversários.
Aonde iriam? Desanimados pela resistência, ou já desbaratados pelas perdas e avarias, tentariam acaso fugir, procurando os canais de água escassa, inacessíveis aos navios brasileiros, lodos de grande calado?
Iriam aguardar o combate em lugar previamente escolhido, onde tivessem sobre os inimigos, que forçosamente haviam de encalhar, a vantagem das manobras e movimentos livres?
Tal foi o problema que rapidamente se formulou no pensamento do denodado chefe Barroso, que sem hesitar resolveu ir-lhes ao encontro. Deixando a Parnaíba, onde desfraldara a sua insígnia na primeira fase do combate, regressou ao Amazonas, que já então havia recebido o prático, e fêz aos seus comandados os seguintes sinais: — Bater o inimigo que estiver mais próximo. — O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.
Reproduzindo as palavras de Nelson, antes da batalha de Trafalgar, o chefe brasileiro não lhe ficou somenos (76) no arrojo com que afrontou a morte, sendo, como êle, o primeiro a dar o exemplo do que exigia dos seus subordinados.
Nelson entrou em fogo, adornado com todas as suas condecorações, oferecendo-se assim como alvo aos tiros do inimigo. Debalde seus oficiais lhe representaram que a posição de almirante e chefe lhe impunha o dever de não se expor com tanto ardimento. Ali ficou até cair mortalmente ferido.

Também Barroso, de pé sobre a caixa das rodas, ondean-do-lhe ao vento a comprida e alva barba, apresentava sua imponente e marcial figura como ponto de mira aos milhares de projéteis (77) que lhe choviam em torno como granizo.
Tendo ao lado o intrépido (78) Brito e o habilíssimo prático Gustavino, só desceu do posto arriscado quando já não havia inimigos a debelar.
Como o herói da Victary, podia também repetir ao terminar a batalha — Graças a Deus, cumpri o meu dever!
Esperava e não fugia o inimigo, colocado em linha de batalha. (Palavras da parte oficial). Sob a proteção da artilharia e fuzilaria de terra, estava êle ao abrigo de qualquer tentativa de abordagem, e para maior segurança, amarrara as chatas com espias, conservando-se os vapores sobre rodas, cosidos (79) com a barranca.
A escolha da posição fora verdadeiramente inspirada! O canal tortuoso, em que os navios brasileiros tinham de manobrar, tão estreito era que ao lado da ilha a oscilação das águas, causada pela passagem dos vapores, desmoronava (80) a terra da margem. Ao fazerem a travessia em frente do Riachuelo, os brasileiros eram obrigados a passar tão rente à alterosa barranca, em que Bruguez assestara suas baterias, que até pedras arrojavam sobre o convés os soldados paraguaios, cautelosamente agachados dentro das valas em que se ocultava a infantaria.
Onde quer, porém, que se refugiassem, resolvera Barroso ir procurá-los e nenhum obstáculo fá-lo-ia recuar.
Ao sinal do navio-chefe, às divisões, seguindo nas águas do Belmonte (testa da coluna e a primeira a inverter a linha de frente), manobravam para descer o rio até haver largura em que pudessem dar a volta, prolongar-se com o inimigo e batê-lo.
(77) O Vocabulário da Academia Brasileira, ao contrário do da Academia das Ciências, prefere a forma projétil, derivado do fr. projectile, com o pl. projetis, à pronúncia projétil, projéteis, do lat. hipotético projectais. (78) Trépido, pávido, térrito, pertérrito, trémulo, timorato, temeroso — adjetivos de trepidez, pavor, terror, tremor e temor, cujos antônimos são intrépido, impávido, intér-rito, impertérrito, íntrêmulo, intimorato e destemeroso. Observe o estudante que nada tem com a idéia de destemor o adjetivo intemerato, que quer dizer puro, imaculado, sem nódoa. O lat. temerare é profanar, violar, ultrajar, manchar, nodoar; temeratus, desonrado, manchado; intermeratus, puro, imáculo, impoluto, não profanado: Virgo intemerata, na ladainha = virgem pura, imaculada) "… uma sociedade e um regime cândidos como o arminho e intemeratos como a neve…" (Rui, A Imprensa e o Dever da Verdade, 1920, p. 14).
(79) Cosidos = unidos, ligados, encostados; coser-se com a terra, cem o chão, com a parede, coser-se à parede, ao muro; coser o ouvido à fechadura.
(80) Desmoronar, do castelhano, formado de morón, montículo de terra.

Não permitiam a diferença de calado e comprimento dos navios brasileiros que eles fizessem a rotação no mesmo lugar, sendo-lhes preciso distanciarem-se grandemente até encontrar espaço.
O Amazonas teve de percorrer uma larga distância, chegando a perder de vista o resto da esquadra, em conseqüência das sinuosidades do canal. Daí resultava para os paraguaios mais uma vantagem importante, qual a de facilmente poderem cortar a linha brasileira, o que efetuaram.
Atravessou a Belmonte o arriscado passo, e fê-lo com toda a galhardia, suportando ela só todo o peso da esquadra inimiga, dos atiradores e das baterias de terra, que então se desmascararam.
Virando águas abaixo, encalhou o Jequitinhonha em um banco de areia, que separa dois canais estreitos, justamente em frente à artilharia de Bruguez. Fêz a tripulação esforços sobre–humanos para safar a corveta, recebendo a tiro de pistola o mortífero fogo do inimigo. Não o conseguiu. Travou-se então luta desesperada, desigual, entre as baterias, três navios paraguaios, que tentaram abordá-la, e a canhoneira imóvel!
Rareia a tripulação, dizimada (81) pela metralha, mas conserva-se heroicamente sobre o convés, despejando com suas oito peças violento fogo contra os de terra, que a fulminam, e repelindo a abordagem com o maior denôdo.
Tombam as vergas e mastros, o tubo do vapor deixa sair a fumaça, que se escapa em borbotões pelos buracos que o crivam: a proa, as amuradas, os escaleres voam em estilhaços, convertendo-se em outros tantos projéteis contra a própria guarnição.
Nem assim deixa ela seu posto de honra, e somente cessa de atirar, ao cair da noite, depois de calados os fogos do inimigo. Ali encontra morte gloriosa o esperançoso guarda-marinha Lima Barros; mais 17 cadáveres, entre os quais o do prático André Mota, e grande número de feridos enchem o tombadilho. É contuso o chefe Gomensoro, recebendo a seu lado gloriosos ferimentos Freitas, Lacerda e Castro Silva, seus oficiais.
Repetindo contra vários navios a tentativa de abordagem, expressamente ordenada por Lopez, os paraguaios afinal conseguem dá-la à Parnaíba, que descia.
Cercam-na o Paraguari, o Taquari e o Salto. É o primeiro repelido a metralha, mas os outros encostam-se a bombordo e estibordo. A valente guarnição, dirigida por Garcindo e entusiasmada pelos heróicos esforços do imediato Firmino Chaves, e dos oficiais do exército Pedro Afonso Ferreira e Maia, opõe aos assaltantes invencível resistência.
Mas acomete-a também pela popa o Marquês de Olinda, que lhe despeja dentro (82) numeroso golpe (83) de gente de aspecto feroz, armada de sabres, machadinhas e revólveres (84).
Trava-se, corpo a corpo, medonho combate, ou antes, horrorosa carnificina, no meio da qual os denodados oficiais, negros de fumo e cobertos de sangue, erguem-se como vultos homéricos, com a espada em punho. Greenhalgh, inda criança prostra (85) com um tiro o oficial que ousa intimá-lo para arriar (86) a bandeira, mas perece por sua vez aos golpes da horda que o cerca.
Pedro Afonso e Maia conquistam imorredoura glória para o exército, que representam, batendo-se a ferro frio e sucumbindo depois de completamente mutilados. Maia, tendo já decepada a mão direita, apanha a espada com a que lhe restava e fêz frente ao inimigo.
Marcílio Dias, simples marinheiro, eterniza seu nome pelejando a sabre com quatro paraguaios, dois dos quais rolam a seus pés; vacila e cai, crivado de feridas, exangue e moribundo, aos feros. botes dos outros dois.
Escorrega-se no sangue, tropeça-se sobre cadáveres, mas a lura continua, ardentemente acesa; já o inimigo é senhor do convés (87) desde a popa até ao mastro grande, apoderou-se do leme e amainou (88) o pavilhão!
(81) Dizimar, derivado de dízimo, forma divergente de decimo: inicialmente matar na proporção de um em dez’, depois dilatou o sentido. O dízimo (também dizmo em Portugal) é a contribuição da décima parte de um rendimento. (82) que lhe despeja dentro — que despeja dentro dela: lhe. pron. pess com a preposição de implícita, pertencente à locução prepositiva dentro de (83) Golpe — grupo, bando, troço, porção, turba, multidão, (do gr. kólaphos, pelo b.-lat. colpu, com mudança do — c — em — g —): "Ordenou., meter dentro na fortaleza um bom golpe de gente pera dous efeitos’ (Fr. L. de Sousa, Anais de D. João III, parte 1.*, L. III, cap. XIII); …"por mais numeroso que seja, na acometida, o golpe de inimigos". (Rui, Répl., conclusão). (84) Revólveres, dólares, repórteres, hangares, tênderes — deve ser o plural desses termos adventícios, à feição nossa, como se verifica em aljôfares, nenúfares, cadáveres, éteres, mártires, augures, próceres, lêmures etc. (85) Prostrar e prosternar são sinônimos; o primeiro formou-se pelo supino prostratum de prosternSre, como se fora da primeira conjugação: prostrare; é, pois, uma criação analógica. (86) Não parece que se deva dar uma só forma aos verbos arrear (enfeitar, ajaezar, adornar) e arriar (abaixar, descer, depor no chão)
A guarnição dizimada retira-se para a popa e entrincheira-se datrás das peças, continuando a resistir.
Durava essa pugna suprema havia uma hora, e os brasilei-ros teriam de sucumbir ao número, porque oficiais e soldados
tombavam uns após outros, quando o navio chefe, a Mearim e a
Belmonte, apercebendo-se do que ocorria, aproaram cada um por seu lado para esse grupo tremendo de quatro navios que se (89) enviavam reciprocamente a morte.
Compreendendo os abordantes o perigo que os ameaçava, largam o costado da Parnaíba, abandonando os que combatiam no convés. Estes hesitam, ao passo que os brasileiros, cobrando maior denodo, carregam, indo à frente o imediato Chaves, e os que não se precipitam no rio são traspassados a baioneta.
Os restos da destemida guarnição atroam os ares com os gritos de vitória. A Parnaíba está salva, e de novo tremula em sua popa a nobre bandeira um momento abatida!
Entretanto todos os demais navios tinham vindo ocupar seu posto na linha de batalha, que se tornava geral e cruamente (90) se feria.
É quase impossível descrever o sublime horror desse prélio infernal, concentrado em poucas braças de espaço, e no qual cerca de sete mil homens procuravam desapiedadamente exterminar-se!
Os tiros das peças de artilharia, o estourar dos foguetes à Congreve e o crepitar da fuzilaria sucediam-se de parte a parte com rapidez tal que o seu ininterrompido estrondear, imensamente aumentado pelos ecos do rio, ressoava à população aterrada de Corrientes, e mais longe à ansiosa guarnição de Humaitá, (como ribombar incessante de medonha trovoada. Estremecia o solo a léguas de distância, e nas agrestes planuras corriam, eriçados os pêlos, milhares de animais a esconder-se assustados na escuridão das selvas.
O próprio ardil de que os paraguaios se serviram, mascarando as baterias com a mata, foi-lhes fatal. Não perdiam os navios brasileiros um tiro. As balas despedidas da esquadra levavam de rojo corpulentas árvores, que eram outras tantas monstruosas palanquetas a desmontar canhões, esmagar artilheiros e abrir claros enormes nas filas dos atiradores, colocados à retaguarda.
A Mearim, ao mando do bravo Elisiário Barbosa, postada a cinqüenta braças da esquadra e baterias inimigas, arremessa–Ihes cerradas cargas de artilharia e fuzilaria, repele abordagens e só abandona o posto quando voa em socorro da Parnaíba ou da Belmonte, prestes a sossobrar (91). Em seu tombadilho recebe nobremente a morte o guarda-marinha Torreão.
Depois de agüentar ela só a fúria do inimigo, a Belmonte vê-se presa de incêndio ateado por uma explosão. Pelos 37 rombos que tem nos costados, penetra a água e apaga as chamas, mas daí mesmo lhe vem maior perigo. As bombas e baldes não conseguem esgotá-la, o líquido elemento sobe rápido, alaga dois pés acima da coberta, a proa mergulha. Só então o intrépido Abreu, que apesar de ferido se conserva no passadiço, trata de encalhá-la como único meio de salvação e imediatamente cuida de tapar-lhe os rombos, para voltar ao combate. Caem a seu lado, morto o 2° tenente Teixeira Pinto, e ferido o prático Pozzo.
No Beberibe o comandante Bonifácio comporta-se com toda a bravura, expondo denodadamente a vida preciosa, que dias depois devia ser sacrificada na passagem de Mercedes; na lguatemi o imperturbável Coimbra é conduzido em braços para a câmara;
Os étimos são duvidosos. (87) Convés de conversu, como través de transverse, envés, de inverse, revés, de reverse, todos com — s — final. (88) Amainar — abaixar, colher, arriar: amainar as velas. Significa também, como conseqüência, iun-ãear, pois que para isso se abaixa o velame. Em Camões os dois sentidos na mesma estância: "Tomam vela, amaina-se a verga alta"; "Mas já as proas ligeiras se inclinavam / para que junto às ilhas amainassem". (I, 48). Vale ainda por abrandar, sossegar: "Um deus amaina as ondas". (Odorico Mendes). (89) — se — objeto indireto; sintaxe menos usada no vernáculo. (90) Cruamente = cruelmente, sanguinosamente: "…depois de travada e mui cruamente ferida a batalha"… (J. de Barros, Panegírico, p. 30). (91) Muito mais aceitável parece a escrita sossobrar, oriunda de sob e sobre (sub-\-supef> so-\-sobr-\-ar «*subsuperare) subverter-se, virar-se de baixo para cima, afundar-se, do que a forma soçobrar, tirada por alguns lexicógrafos ao castelhano zozobrar, mas lá mesmo, não obstante os zz, considerada pelo Dicionário da Academia como proveniente de sub e supra. A grafia sossobrar assenta, ademais, na autoridade de Meyer-Lübke, Gonçalves Viana, J. J. Nunes.
Imediato Pimentel que o substitui no passadiço, perde, cinco minutos depois, a cabeça, levada por uma bala; assume então o comando o jovem Gomes dos Santos, executando com bravura as instruções que lhe envia o prostrado comandante.
Este navio colocara-se ao lado do Jequitinhonha para o defender, e aí suportou com êle todo o fogo das baterias e da esquadra paraguaia, que se encarniçavam contra a desmantelada canhoneira. No Iipiranga o denodado Álvaro, gravemente en-fírmo, rivaliza em arrojo e sangue frio com os mais valentes, e consegue meter no fundo uma chata.
Hoonholtz, admirável de entusiasmo e bravura, revela, na Araguarí, qualidades de comando, raras em tão poucos anos. Ele bate-se com vivacidade extrema, e, ao mesmo tempo que procura causar o maior prejuízo ao inimigo e cortar-lhe a retinida, socorre por suas próprias mãos, atirando-lhes cabos, algumas praças que se debatiam contra a correnteza.
Entre o barco e a bateria, no mais estreito passo, cercam-no os três vapores que tinham abordado o Parnaíba. O Ta-quari aproxima-se a dez braças, mas recua, recebendo à quei-ma-bucha os disparos dos três rodízios da canhoneira, simultaneamente carregados a metralha e a bala.
Os paraguaios, por sua parte, pelejam com uma coragem inexcedível. Não é só o desprezo da morte que ostentam, senão o desejo de consegui-la como heróis.
Com uma tenacidade cega arremessam-se à abordagem de quantos navios se avizinham nas diversas peripécias do combate, e as sucessivas derrotas que experimentam, as perdas enormes, parece que mais lhes excitam a selvagem bravura.
Suas chatas, atirando ao lume dágua com os grossos canhões que montavam, despedaçam os flancos dos navios brasileiros, ameaçando submergi-los de instante a instante. A artilharia e a fuzilaria da margem também arrojam sobre eles milhares de bombas, balas e metralhas.
A batalha tocou ao seu auge, e é talvez ainda duvidoso o êxito de tão mortífera contenda, quando na mente do velho Barroso surge a tremenda concepção que vai pôr glorioso termo à porfia da luta.
Depois de inquirir o comandante Brito sobre a força do navio, e o prático sobre a profundidade do canal, transmite a ordem que, mais tarde, reproduzida por Teghetoff em Liss», deu aos austríacos tão célebre vitória. Deixemos que êle próprio descreva, rapidamente, como cumprimento de um dever comum, em linguagem simples e modesta, esse feito memorando:
"Subi e minha resolução foi acabar de uma vez toda a es quadra paraguaia, o que teria conseguido se os quatro vapores inimigos, que estavam para cima, não tivessem fugido".
"Pus a proa sobre o primeiro e o esmigalhei, ficando completamente inutilizado, com água aberta e indo pouco depois a pique".
"Segui a mesma manobra com o segundo, que era o Marquês de Olinda, inutilizei-o e depois ao terceiro, que era o Salto, o qual ficou no mesmo estado. Os quatro restantes, vendo a manobra que eu praticava, e que me dispunha a fazer-lhes o mesmo, trataram de fugir rio acima. "Depois de destruir o terceiro vapor, pus a proa em uma das canhoneiras flutuantes, a qual com o choque e um tiro foi ao fundo. Exmo. Sr. Almirante, todas estas manobras eram feitas sob o fogo mais vivo, quer dos navios e chatas, quer da artilharia de terra e mosquetaria de mil espingardas. A minha intenção era destruir por esta forma toda a esquadra paraguaia, antes que descesse ou subisse, porque necessariamente, mais tarde ou mais cedo, tínhamos de encalhar, por ser naquela localidade muito estreito o canal".
"Concluída esta faina, tratei de tomar as chatas, que ao aproximar-me delas eram abandonadas, saltando as guarnições ao rio e nadando para terra, que ficava próxima".
(A Marinha de Outrora, 1895, pp. 168-188).


Seleção e Notas de Fausto Barreto e Carlos de Laet. Fonte: Antologia nacional, Livraria Francisco Alves.

quinta-feira, 8 de março de 2012

EX-ALUNO DA EFOMM JORGE JOSÉ KADRI É O EMBAIXADOR DO BRASIL EM VARSÓVIA ! . . .



PARABÉNS MEU AMIGO E IRMÃO KADRI, ACOMPANHEI A SUA LUTA E DETERMINAÇÃO !




Enviado por Pomona Politis -
7.3.2012
7h41m

O desafio

Varsóvia

O novo embaixador do Brasil em Varsóvia, na Polônia, será o diplomata Jorge Kadri.


@@@@@@@@@@@@@@@@




Jorge Kadri, um aparecidense Embaixador do Brasil | Alexandre Marcos Lourenço Barbosa


  No dia 19 de novembro de 2007, o Presidente da  República Luís Inácio Lula da Silva encaminhou ao Senado Federal a mensagem nº 215/2007 pela qual indicava o nome de Jorge Geraldo Kadri, Ministro de Segunda Classe da Carreira de Diplomata do Quadro Permanente do Ministério das Relações Exteriores, para ocupar o cargo de Embaixador do Brasil junto à República Parlamentarista da Guiné Bissau, em razão de seus méritos.

  Após apreciação de currículo e argüição pública pelos senadores, Jorge Kadri foi considerado apto para ser o representante do Estado brasileiro na co-irmã nação africana.

  Diplomata de carreira, Jorge Geraldo Kadri nasceu aos 31 de julho de 1956. Filho de Joseph Kadri e Genny Kalil Kadri, Jorge passou sua infância e adolescência em Aparecida-SP, cidade onde nasceu.

  Seus estudos primários e ginasiais foram concluídos na Escola Chagas Pereira. Bons tempos de escola pública. Daí seguiu para Barbacena-SP, onde cursou a EPCAR. De Cadete do Ar para a Marinha, aos vinte anos está graduado em Engenharia de Máquinas pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante. Viaja pelo mundo, conclui a graduação em Administração de Empresas (1979) e obtém o título de Mestre em Administração de Empresas e “Marketing” pela UFRJ (1982) para ingressar, em seguida, no Curso de Preparação para a Carreira Diplomática do Instituto Rio Branco (1983). 

  Em dezembro de 1984, inicia sua promissora carreira na diplomacia como Terceiro Secretário. Ano seguinte, recebe a Ordem do Mérito Nacional na França, tornando-se Cavaleiro. No início de 1989, segue para a Embaixada de Madri, como Terceiro Secretário, e ainda lá, é promovido a Segundo Secretário. Em 1991, é agraciado com a Ordem de Isabel, a católica, tornando-se Cavaleiro de Espanha. Após breve retorno ao Brasil, segue, em 1992, para a Embaixada do Brasil, em Camberra, na Austrália, onde ascende, em 1996, por merecimento, ao cargo de Primeiro Secretário. Como Primeiro Secretário e Conselheiro, atua na Delegação Permanente do Brasil em Genebra, em 1999, e aí, em 2001 e por merecimento, é promovido ao cargo de Conselheiro. Após anos na Europa e na Oceania, Jorge Kadri retorna, em 2003, como Conselheiro, à América do Sul para ocupar o seu cargo em Assunção, Paraguai. Lá permanece pouco tempo. No ano de 2005, Jorge Kadri estaria, em Brasília, como Chefe da Divisão de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) do Ministério das Relações Exteriores.

  Ministro de Segunda Classe, desde 20 de junho de 2006, Jorge Geraldo Kadri, aos 51 anos, torna-se Embaixador do Brasil, o mais alto representante dos interesses nacionais no território de Guiné Bissau, cargo que assumiu, efetivamente, no dia 4 de abril de 2008.

  Na primeira semana de trabalho, o Embaixador Kadri, segundo informou ao O Lince, recebeu importante delegação das Nações Unidas, presidida pela Embaixadora brasileira junto a ONU, Maria Luiza Viotti. Já apresentou suas cartas credenciais, foi recebido pelo Primeiro Ministro Martinho Ndafa Cabi e iniciou visitas aos Ministros de Estado, Corpo Diplomático e outras personalidades relevantes do país.

  Ex-colônia portuguesa, Guiné Bissau é um país de história recente que declarou unilateralmente a sua independência política, em 1973, e obteve o reconhecimento da metrópole a partir de 1974. Governado durante dez anos por uma junta revolucionária, o país realizou suas primeiras eleições pluripartidárias apenas em 1994. Quatro anos depois, um golpe militar depôs o presidente João Bernardo Vieira e instalou uma guerra civil que perdurou dois anos (1998-1999). Em 2000, Kumba Yala é eleito presidente, mas novo golpe militar acontece em setembro de 2003. Em 2005, novas eleições e João Bernardo Vieira volta como  presidente.

 Guiné Bissau é uma República com forma mista de governo e um dos países mais pobres do mundo. Sua balança comercial é tradicionalmente deficitária. Em 2006, o saldo negativo foi de US$ 74,1 milhões. Daí depender de constante ajuda internacional. Sua população atinge 1,7 milhão de pessoas, e a economia está baseada na agricultura, responsável por 50% do PIB e pela absorção de 80% da força de trabalho. Sua área territorial abrange 36.125 quilômetros quadrados (menor que o estado do Rio de Janeiro), e Bissau, com 367.000 habitantes, é a capital.

  É neste cenário de carência material e de busca pela estabilidade política que atuará o habilidoso diplomata aparecidense. Certamente, a depender de suas credenciais e de sua competência e determinação profissional, o Brasil terá um irreprochável e digno representante na figura do Embaixador Jorge Geraldo Kadri.

  E Aparecida muito se orgulha disso!


[Leia entrevista publicada com Jorge kadri em Outubro de 2007]

CUBANGO FAZ HOMENAGEM AOS 200 ANOS DO VISCONDE DE MAUÁ !

Desfile do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Acadêmicos do Cubango da cidade de Niteroi que prestou homenagem ao Visconde de Mauá nas comemorações de seu aniversário de 200 anos de nascimento no desfile na nova Passarela da Avenida Marquês de Sapucahy. Participaram os descendentes do Visconde de Mauá - Marqueses de Viana e o ator Paulo Betti.









NOSSA HISTÓRIA E A FALTA DE MEMÓRIA DO BRASILEIRO ! . . .


Falta mulher (de bronze) no Rio


Das 230 estátuas cariocas, apenas 13 representam personalidades femininas

Publicado:




Estátua da Princesa Isabel, na avenida com o mesmo nome, em Copacabana
Foto: Marcelo Piu / O Globo
Estátua da Princesa Isabel, na avenida com o mesmo nome, em Copacabana Marcelo Piu / O Globo
RIO - Enquanto existem 217 bustos ou estátuas de homens célebres espalhados pela cidade, apenas 13 mulheres têm o mesmo tipo de homenagem. Os números, levantados pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, ajudam a materializar uma história tradicional, essencialmente feita por e para homens, como observa a historiadora Maria Paula Araújo, da UFRJ.
— Nos últimos 20 anos, a historiografia tem dado maior espaço para o papel da mulher, mas isso ainda não se refletiu nos monumentos históricos. Há sempre um intervalo entre a mudança de padrões e comportamentos e a manifestação pública oficial — comenta a historiadora.
Segundo o secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, a meta é que as mulheres tenham tanto destaque na paisagem do Rio quanto têm, hoje, na vida política e social.
— Apesar de já esperar que houvesse um número maior de monumentos masculinos, fiquei espantado com esse desbalanço tão grande. O Rio é a cidade do Brasil com maior acervo de arte exposto em espaço público, um dos maiores da América Latina. No entanto, esse acervo conta com pouquíssimas esculturas de mulheres de renome. Vamos trabalhar para corrigir isso — afirma Osório.
A Secretaria de Conservação e a Secretaria de Patrimônio Cultural lançarão um concurso, aberto à votação popular pela internet, para escolher a próxima personalidade feminina homenageada com um busto ou estátua. Washington Fajardo, presidente da Comissão de Paisagem Urbana — órgão que dá o aval para a construção de monumentos —, conta que serão convidadas uma curadora e uma artista, ambas mulheres, para executar a obra mais votada.
— Estamos correndo para conseguir lançar o concurso ainda este mês, e, junto com ele, lançar o novo formato da Comissão de Paisagem Urbana, que tem a missão de criar mais iniciativas como esta — diz Fajardo.
Ao longo deste mês, a prefeitura vai restaurar os 13 monumentos femininos da cidade. A ação começa hoje, no Dia Internacional da Mulher, com a limpeza da estátua de Ana Néri, na Praça da Cruz Vermelha.
— A estátua de Ana Néri é bem antiga e quase não é percebida, embora esteja numa área de grande circulação. Muitas pessoas sequer sabem quem foi esta mulher tão importante para a nossa história — diz Vera Dias, arquiteta que, há 15 anos, é responsável pela manutenção dos monumentos e chafarizes da cidade.
Vera ressalta que há bastante estátuas de figuras femininas nas ruas do Rio, mas é preciso aumentar o número das que representam mulheres célebres. A última que se encaixa neste perfil foi erguida em 2008, na Praça Itália, no Centro. É da Imperatriz Tereza Cristina, esposa de Dom Pedro II.

Quem foram essas mulheres?

- Chiquinha Gonzaga (Passeio Público, no Centro)
Primeira instrumentista de renome no Brasil, ela introduziu a música popular nos salões elegantes. Participou do movimento pela abolição da escravatura e é autora da primeira canção carnavalesca, "Ó Abre Alas".
- Ana Néri (Praça Da Cruz Vermelha, no Centro)
Nascida em 1814, ela foi a primeira enfermeira brasileira. Ana trabalhou como voluntária na Guerra do Paraguai.
- Carmen Gomes (Praça Paris, na Glória)
Cantora lírica, fez sucesso nos anos 1930 com repertório italiano. Fez parte da embaixada artística que acompanhou Getúlio Vargas à Argentina
- Vera Janacopoulos (Praça Paris, na Glória)
Cantora lírica, natural de Petrópolis. Após sua morte, em 1956, foi fundado no Rio o Círculo de Artes Vera Janacopoulos.
- Carmem Miranda (Praça Carmem Miranda, na Ilha Do Governador)
Nascida em Portugal, a "pequena notável" foi grande representante da música brasileira no exterior. Participou de nove filmes e 154 discos.
- Clarisse Lage Índio Do Brasil (Largo dos Leões, no Humaitá)
Carioca, foi baleada em 1919 por um desconhecido na rua, o que ajudou a aumentar a fiscalização sobre venda e porte de armas.
- Imperatriz Leopoldina (Quinta Da Boa Vista)
Primeira imperatriz do Brasil, esposa de Dom Pedro I.
- Maria Augusta (Avenida Pepe Lopes, na Barra Da Tijuca)
Construiu o primeiro quiosque da praia da Barra. Os dados de sua biografia são escassos.
- Zuzu Angel (Estrada Lagoa-Barra, em São Conrado)
Estilista, ela inovou ao fazer alta costura com rendas cearenses e estampas de chita. Zuzu conquistou as vitrines internacionais nos anos 60. Ela é mãe do desaparecido político Stuart Angel.
- Sarah Kubitschek (Praça Sarah Kubitschek, em Copacabana)
Ex-primeira dama do Brasil, esposa de Juscelino Kubitschek
- Princesa Isabel (Av. Princesa Isabel, em Copacabana)
Assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil. Foi a última princesa do Império.
- Ana Carolina Da Costa Lino (Laranjeiras)
Estudante de 18 anos assassinada na saída do Túnel Santa Barbara, em 1998.
- Imperatriz Tereza Cristina (Praça Itália, no Centro)
Última imperatriz do Império, esposa de Dom Pedro II. Estudiosa da cultura clássica, ela trouxe vários artistas e professores europeus para o Brasil.


MONARQUIA INGLESA SEDIMENTA O AMOR DO POVO BRITÂNICO ! . . . MAIS UMA LIÇÃO ! . . .


Grã-Bretanha

Kate inicia turnê de Jubileu de Diamante com a rainha

As duas causaram furor ao embarcar em trem real na estação de St. Pancras

Kate e a rainha embarcaram rumo à cidade britânica de Leicester
Kate e a rainha embarcaram rumo à cidade britânica de Leicester (Anthony Devlin/Getty Images)


A Duquesa de Cambridge iniciou nesta quinta-feira com a rainha Elizabeth II e o Duque de Edimburgo uma turnê na Grã-Bretanha em ocasião do Jubileu de Diamante da soberana, quando ela completa 60 anos no trono. As duas causaram furor na estação de trem londrina de St. Pancras, onde embarcaram rumo à cidade britânica de Leicester, com multidões cercando o local para vê-las.

Em Leicester, a duquesa irá escolher o seu sapato favorito dentre seis modelos criados por alunos do curso de design da universidade local, que farão um só para ela. Acompanhada da rainha, Kate também assistirá a um desfile de moda da universidade. Foi durante um desfile semelhante na Universidade de St Andrew que a duquesa chamou a atenção de seu então futuro marido, o príncipe William.

Depois, a turnê do Jubileu de Diamante segue para a Ilha de Wight, Birmingham, Merthyr Tydfil, Edimburgo e Glasgow. O casal real, a rainha e o Duque de Edimburgo, devem viajar pelo país de março a até 25 de julho.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O RELÓGIO DA GLÓRIA


O Relógio da Glória
Escrito por Paulo Pacini   
Qua, 07 de Março de 2012 11:37

Com a paisagem dominada pelo antigo e belo templo, o bairro da Glória tem longa história, estendendo-se até o início da colonização do Rio de Janeiro, quando os primeiros habitantes por ali começaram a passar, primeiro para obter água potável no rio Carioca, e depois para alcançar, por Botafogo, o engenho de cana da Lagoa, uma iniciativa do governador Antônio Salema que não prosperou.
 
O nome do bairro foi dado a partir da ermida de taipa dedicada a N.Sª da Glória, construída por Antônio Caminha durante o século XVII, no outeiro chamado anteriormente de Leripe, o qual foi um dos cenários do combate final, em 1567, entre portugueses e colonos franceses, que se estabeleceram na área anos antes. As histórias envolvendo a ermida forneceram material para o romance de José de Alencar "O Ermitão da Glória", publicado em 1873, onde Caminha é retratado como um ermitão, o que na verdade se distancia dos fatos, pois este teve família e legou patrimônio aos descendentes. Apesar disso, foi realmente quem erigiu o primitivo templo, que floresceu e deu origem ao atual.
 
relogio_gloria

Relógio da Glória, verdadeiro símbolo do bairro desde 1905
 
Com sua icônica igreja, a Glória se constituiu em verdadeiro portal para a zona sul da cidade com suas novas e pouco exploradas terras, pois, durante muito tempo, o único caminho por terra passava por onde é hoje a rua do Catete. Durante o século XIX, duas novas construções marcaram o bairro, o Mercado da Glória, de 1858, que não atingiu seu propósito e entrou em decadência, e a instalação da The Rio de Janeiro City Improvementes Company, conhecida como "City", de 1864, primeiro sistema de esgotamento sanitário da cidade, em prédio ainda existente na praça do Russell pertencente à Seaerj.
 
No início do século passado, as reformas feitas na cidade durante a gestão do prefeito Pereira Passos também transformariam a Glória, que ainda possuía o antigo cais. Este desapareceria com um aterro, que, junto com a demolição do velho mercado, formaria uma nova praça. Além disso, foi reconstruído o paredão entre a rua da Glória e a rua à beira-mar ao lado do cais, e nele foram colocados os balaústres de metal retirados da Praça Tiradentes, que passou a ser aberta. A reforma do paredão foi complementada com a colocação de um relógio no alto de uma coluna de pedra.
 
De fabricação alemã e tendo quatro lados, sua história inclui um fato curioso, ligado ao desenvolvimento da própria cidade. Como nos relata Charles Dunlop, o relógio era movido a energia elétrica, mas essa ainda não era distribuída na Glória. Sua única fonte local eram os cabos elétricos dos bondes da Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico, a qual, para que a nova melhoria pudesse ser inaugurada, cederia energia com a ressalva que, em caso de pane do mesmo relógio, esta lhe seria cortada. Assim se fez, e ele pôde entrar em funcionamento já em 1905.
 
Desde então o relógio se tornou mais um ícone do bairro, colocando-se ao lado de outros mais antigos e destacados, como a própria igreja de N.Sª da Glória do Outeiro e o chafariz colonial. Sua imagem pode ser vista em incontáveis fotos, testemunhando a história do bairro. Como outras peças do patrimônio histórico, contudo, sofre os mesmos problemas crônicos de abandono e vandalismo, sendo necessária vigilância e cuidados contínuos para que monumentos como esse, verdadeiros símbolos da cidade, possam ser preservados em favor das gerações futuras.  

PEDRAS PORTUGUESAS . . . SERÁ QUE AGORA VAI ? ! . . .


07/03/2012 08h38 - Atualizado em 07/03/2012 08h41

Calçadas de pedras portuguesas do Rio ganham reforço na manutenção

Calceteiros vão circular em triciclos pela orla para fazer reparos.

Secretaria pretende agilizar manutenção e verificar irregularidades.

Do Bom Dia Rio





As calçadas de pedras portuguesas do Rio de Janeiro receberam, nesta quarta-feira (7), um reforço na manutenção e fiscalização. Os calceteiros, como são chamados os profissionais que cuidam das calçadas, vão circular em triciclos com equipamentos necessários para verificar e corrigir irregularidades.
A ideia da Secretaria municipal de Conservação Pública é agilizar a conservação com três triciclos circulando pela orla da Zona Sul. Os triciclos transportam material para fazer o reparo das calçadas: pedras e areia.
As pedras, como já dizem o nome, vieram de Portugal. No país existe uma escola especializada para calceieiros que ensina a colocação exata das pedras sem frestas. Em Lisboa, entre os elogios, há também as controvérsias sobre as calçadas. Mulheres dizem que as pedras já quebraram muitos saltos de sapato e homens falam que o chão é escorregadio.
“Já estive aqui muitas vezes com saltos altos e finos e não tive nenhum problema. É uma questão de ter cuidado”, defendeu uma portuguesa.
“Os portugueses reclamam por tudo e por nada, mas não deveriam reclamar da calçadas portuguesas”, afirmou um português.
No Rio, os calceiteiros também foram treinados pelos profissionais de Lisboa. O secretário municipal de Conservação Pública, Carlos Roberto Osório, falou a respeito dos ganhos dos triciclos para a cidade.

“O que nós ganhamos é simplicidade e praticidade. O prefeito Eduardo Paes determinou que todas as secretarias buscassem soluções simples e inovadoras, buscando sustentabilidade e praticidade. No passado, para fazer um reparo, ia um caminhão e fechava uma pista para atender a uma reclamação. Com esse novo veículo, o calceteiro passa a ser móvel e o objetivo é que ele descubra já um pequeno buraquinho para que possa atuar antes que ele se torne um problema. Então, são os pequenos cuidados de todos os dias que vão fazer a diferença”, afirmou o secretario.
 

LIÇÃO INGLESA DE COMO FAZER A MONARQUIA ENCANTADORA PARA JOVENS BRASILEIROS ! . . .


Às vésperas da chegada do festeiro príncipe Harry, jovens ensaiam como abordá-lo no Complexo do Alemão


Princesas do Complexo do Alemão
Princesas do Complexo do Alemão Foto: Urbano Erbiste

Paolla Serra
EXTRA

O príncipe Harry — filho caçula da princesa Diana e terceiro na linha de sucessão do trono britânico — desembarca no Rio apenas na próxima sexta-feira, mas jovens do Complexo do Alemão já suspiram por ele. E torcem para que o irmão festeiro de William também se case com uma plebleia — de preferência, brasileira.
O Morro do Alemão pode ser um dos destinos do príncipe inglês. Apesar de não haver confirmação oficial sobre a visita ao complexo, o membro da Família Real britânica irá a alguma comunidade na tarde de sábado. Enquanto isso, princesas do morro pacificado sonham com a presença do todo-poderoso, que, segundo consta, está solteiro e visitario o morro ao lado do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.


— O que faria se estivesse perto dele? Eu me jogaria em cima do carro dele, pularia nele e perguntaria: "Tem como?" — diverte-se a estudante Geisa de Lima, de 19 anos, numa laje aos pés da Estação Alvorada do teleférico do Alemão, na Penha.
No alto de uma sandália de salto fino, vestido tomara que caia preto, cabelos presos e maquiagem suave, Geisa conta que seu sonho sempre foi achar um príncipe encantado. Solteira há um mês, ela garante que faria o possível para achar sua cara-metade — e o impossível para chamar a atenção de um príncipe de verdade:
— Pelo menos um aperto de mão ele terá que me dar. Não vou deixar uma figura tão importante ir embora assim, sem nem me ver.
Já Thainá Dias, de 17 anos, que namora há três, brincou que até trocaria o parceiro por Harry:
— Eu sou comprometida, mas se o príncipe quiser ser meu, eu nem ligo. Largo tudo! — disse, rindo.
Pão de Açúcar e Aterro
Por questões de segurança, a Embaixada Britânica no Brasil não divulgou detalhes da visita de Harry. Mas já adiantou que, na sexta, ele irá ao Pão de Açúcar, onde lançará campanha para expor o potencial econômico dos Jogos de Londres 2012 e do Jubileu do Diamante. No dia seguinte, Harry participa de manhã esportiva, no Aterro do Flamengo, com direito a jogos de rugby e vôlei.
— Quem não sonha com um príncipe? — pergunta a estudante Laís Cristina da Fonseca, de 16 anos, abraçando um sapo de pelúcia, que ela espera que se transforme, no próximo sábado, em... Harry.
Concorrência desleal
Com a beleza revelada no evento "As alemãs", realizado durante a Colônia de Férias do Rio, em dezembro de 2010, Cássia Nascimento dos Santos, de 17 anos, parece desfilar pelas vielas do Complexo do Alemão. Durante a ocupação cultural com oficinas e cursos para 300 crianças e adolescentes das comunidades, ela foi observada e admirada por muitos e ganhou destaque na mídia. Chamou atenção, inclusive, de Sérgio Mattos, da agência de modelos 40 Graus.
Agora, prestes a entrar oficialmente para o mundo da moda — Cássia espera o book de fotos profissionais ficar pronto —, a estudante do 9º ano do ensino fundamental descarta qualquer "recaída" pelo príncipe Harry. Mesmo que a celebridade visite a comunidade:
— Eu já tenho meu príncipe. Não olho para mais ninguém!
Enquanto faz a declaração, Cássia é interrompida pelo barman Rômulo Almeida, de 20, com que namora há três meses. E o jovem faz uma ressalva:
— A concorrência é desleal. Eu sou barman e o cara é príncipe, né? Não quero nem pensar nisso — brinca.
A poucas casas de Cássia, mora a estudante Amanda Albano, de 18 anos. Ela, que divide o tempo entre os estudos e as funções como obreira da Igreja Universal, também namora, mas admite que adoraria conhecer Harry. Cantora gospel desde os 13 anos, ela garante que deixaria a timidez de lado e ensaiaria uma canção para homenagear o inglês.


segunda-feira, 5 de março de 2012

IGREJA NOSSO SENHOR DO BONFIM . . . NO FIM, EDUARDO PAES ! . . .


Enviado por Ancelmo Gois -
2.3.2012
12h59m
Gois de papel

As fotos de hoje


ESTÁ MARCADO para dia 16, às 11h, um ato em frente à bela Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, ali perto do antigo “Jornal do Brasil”. 

O templo, de 1864, em estilo neoclássico com elementos do barroco, está caindo aos pedaços. 

Tem telhas quebradas, que deixam a chuva vazar sobre o altar e encharcar a cúpula revestida com mosaico de azulejos. 

As esquadrias de ferro da entrada foram roubadas, e as paredes, veja, perigam ruir. 

Aliás, bem que o querido arcebispo Dom Orani Tempesta poderia entrar nesta briga — talvez ligando para Eduardo Paes (2976-2812). 


O prefeito costuma ser sensível a causas celestes