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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dez verdades sobre a família imperial que não estão nos livros de História


Dez verdades sobre a família imperial que não estão nos livros de História

Exames realizados em ossadas revelam segredos sobre Dom Pedro I e suas mulheres

18 de fevereiro de 2013 | 12h 40


Edison Veiga e Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S. Paulo


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SÃO PAULO - Os exames realizados nas ossadas da família imperial brasileira revelam fatos desconhecidos - e agora comprovados cientificamente - sobre Dom Pedro I e suas duas mulheres, as imperatrizes Maria Leopoldina e Amélia. 


Confira abaixo dez verdades reveladas pela arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel e por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP sobre os ilustres personagens históricos.



1. Dom Pedro I foi realmente enterrado - e não cremado, como afirma texto exposto no interior do Monumento à Independência, no Ipiranga, que abriga a cripta com os restos mortais do imperador e das duas imperatrizes. O estudo arqueológico na cripta afasta de vez a suspeita de que não haveria corpos ali.


2. A segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia de Leuchtenberg, foi mumificada. Seu corpo está preservado, inclusive cabelos, unhas e cílios.


3. Dona Leopoldina não teve o fêmur quebrado. Acreditava-se que ela teria caído - ou sido derrubada por Dom Pedro - de uma escada e sofrido uma grave fratura, que teria culminado em sua morte.


4. Dom Pedro I sofreu fraturas em quatro costelas. A causa seriam duas quedas de cavalo, em 1823 e 1829 - ele era um apaixonado por velocidade.


5. Dona Leopoldina foi enterrada com a mesma roupa com que foi coroada imperatriz do Brasil, em 1822. Como único ornamento, usava brincos de ouro com gemas que - presumia-se - eram pedras preciosas. Análise mostrou, no entanto, que são de resina - ou seja, eram bijuteria.


6. Dom Pedro I foi enterrado como Dom Pedro IV de Portugal, com roupas de general. Todas as insígnias encontradas com sua ossada são portuguesas, sem referências em suas vestes ao passado imperial brasileiro.


7. Quando morreu, aos 66 anos, Dona Amélia tinha escoliose severa - desvio na coluna que a fazia andar torta - e osteoporose.


8. Dom Pedro I não era tão alto como se supunha. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m - alto para um português da época, mas de mediano para baixo para um homem brasileiro atual.


9. Dom Pedro I foi enterrado com solo da região de Porto, em Portugal. Possivelmente, uma homenagem da cidade ao homem que liderou o "Cerco do Porto" (1832-1833), famoso episódio da guerra pelo trono português, entre liberais e absolutistas.


10. Dona Amélia foi enterrada totalmente de preto. Ela guardou luto por 42 anos, após a morte de Dom Pedro I.




IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA


Leopoldina

A primeira imperatriz brasileira nasceu na Áustria. Historiadores destacam suas virtudes: ela teria sido uma mulher caridosa, culta e educada. Durante os anos em que viveu no Rio de Janeiro, Dona Leopoldina conquistou a simpatia dos cariocas.

A Imperatriz amada

Exames desmentem boato de que ela teria quebrado o fêmur

O estudo contradiz a história de que Dona Leopoldina teria caído, ou sido derrubada, de uma escada no palácio da Quinta da Boa Vista e fraturado o fêmur. Nas análises no Instituto de Radiologia da USP, porém, não foi constatada fratura nos ossos da imperatriz.
Restos mortais da imperatriz D. LeopoldinaFoto: Valter Muniz
  • Arqueologia digitalTomografia permite separar ossos, objetos e outros materiais, como terra e cal

  • FOTO: FACULDADE DE MEDICINA DA USP

Brinco encontrado
Dona Leopoldina foi enterrada com a mesma roupa com que foi coroada imperatriz do Brasil, em 1822. Como único ornamento, usava brincos de ouro com gemas que - esperava-se - seriam pedras preciosas. Em uma primeira análise, constatou-se que se trata de uma resina.FOTO: VALTER MUNIZ


D. Amélia de Leuchetenberg, segunda mulher de D. Pedro I, foi mumificada


Múmia de imperatriz surpreende pesquisadores

Segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia tem pele e órgãos internos preservados



18 de fevereiro de 2013 | 13h 10

Edison Veiga e Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S. Paulo


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SÃO PAULO - Uma das principais revelações do estudo arqueológico nas figuras históricas foi o fato de que d. Amélia de Leuchetenberg, segunda mulher de d. Pedro I, foi mumificada - um dado até aqui desconhecido de sua biografia. A imperatriz, que morreu em Lisboa em 1876 e cujos restos mortais foram trazidos à cripta do Ipiranga em 1982, conserva pele e órgãos internos intactos. Cabelos, cílios, unhas, globos oculares e órgãos como o útero estão preservados.


"É uma das múmias em melhor estado de conservação já encontradas no País. Agora, precisamos pesquisar para entender exatamente por que ela ficou assim e, mais importante ainda, compreender melhor quem foi essa mulher, uma imperatriz esquecida na História do Brasil", diz a arqueóloga Valdirene Ambiel, responsável pelas pesquisas na cripta do Ipiranga. "Quando a trouxeram à cripta, em 1982, dizia-se que ela estava 'preservada', mas ninguém sabia que poderia ser considerada múmia."




As causas exatas da mumificação de d. Amélia ainda estão sendo investigadas - não era comum entre a nobreza de Portugal que mulheres recebessem tratamento para ficarem preservadas. "Pode ter sido um 'acidente de percurso'. Ela foi tratada para ficar conservada alguns dias, para o funeral, e isso acabou inibindo o processo de decomposição", diz Valdirene. Os exames no Hospital das Clínicas revelaram uma incisão na jugular da imperatriz. Por ali, foram injetados aromáticos como cânfora e mirra. "No caso de d. Amélia, havia um forte odor de cânfora quando abrimos o caixão. Certamente, ajudou a anular o processo de decomposição."



Também contribuiu para a mumificação, segundo a pesquisadora, a ausência de fatores para a decomposição. "A urna foi tão hermeticamente lacrada que não havia microorganismos para realizar a decomposição. É irônico que tenha acontecido justamente com Amélia, que pediu expressamente um funeral simples, nos quais não se costumava preparar os mortos para preservação", explica Valdirene, referindo-se ao testamento de Amélia de Leuchtemberg, no qual consta o pedido de um funeral sem ostentações. O documento, porém, só foi lido após o enterro, quando a mumificação já havia sido preparada.



Após passar pelo aparelho de tomografia do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas e de receber uma biópsia, a imperatriz foi "remumificada" - ela recebeu novo processo de embalsamamento, semelhante ao qual havia passado 136 anos antes. Valdirene também foi a responsável por preparar e aplicar na múmia uma solução semelhante à usada em Portugal no século 18 (500g de naftalina, 500g de cânfora, 300g de manganato de potássio, 2,5 litros de álcool a 92%, 2 litros de formol e 500g de timol). Com gaze e algodão, passou a mistura em todas as partes visíveis da imperatriz - face, pés, mãos e pescoço. "Também passamos a solução nas laterais do corpo preservado, para que receba o tratamento por absorção. Nas costas ficou do jeito que estava, já que não podíamos levantá-la do caixão", conta a arqueóloga.



Com a descoberta, o caixão de d. Amélia recebeu um visor de vidro, que permitirá - apenas a pesquisadores - observar seu estado de conservação. No plano que apresentou à Prefeitura, Valdirene se propõe a fazer visitas semanais à cripta, para checar a preservação da múmia. "Faz parte do projeto de preservação dos restos mortais da família imperial. Precisamos tomar conta das descobertas", diz.